Fadiga Adrenal – Esta doença existe?

Autora: Dra. Fernanda Pena Moreira

O termo fadiga adrenal tem sido usado para se descrever sintomas que ocorrem em pessoas que são submetidas a estresse físico, emocional ou mental por períodos de tempo prolongado.

Os defensores desta condição dizem que um paciente tem mais predisposição para desenvolver esta patologia se tiver, por exemplo, empregos estressantes, trabalhar a noite, abusar de álcool ou drogas ou viver em qualquer situação de estresse contínuo. De acordo com esta teoria pessoas submetidas a estas situações por um período longo de tempo não conseguiriam manter a produção necessária do cortisol e necessitariam de “suplementação de corticóides”, daí o termo fadiga adrenal.

Sintomas atribuídos a esta condição são cansaço, fadiga, insônia, necessidade de uso de estimulantes como cafeína, desejo de consumo de sal. Entretanto estes sintomas são muito inespecíficos e ocorrem em grande parte da população, especialmente naqueles que tem uma vida muito ocupada.

Porém não há provas ou qualquer evidência científica de que a fadiga adrenal seja uma condição médica verdadeira e a nossa grande preocupação a respeito deste diagnóstico é que o tratamento preconizado, além da prescrição desnecessária de vitaminas, inclui o uso inadequado de hormônios corticóides, o que pode ser muito prejudicial para sua saúde. Em excesso estes hormônios podem causar várias alterações potencialmente graves como hipertensão arterial sistêmica, ganho de peso, diabetes, depressão, ansiedade e osteoporose. Se usados por períodos prolongados de tempo podem levar a uma atrofia verdadeira das glândulas suprarrenais com consequente deficiência real da produção do cortisol, situação que pode causar risco de morte.

Clique aqui para visualizar a nota de esclarecimento para a população geral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sobre a Fadiga Adrenal

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