Artroplastia / Prótese total de tornozelo

Autor: Dr. Carlos Daniel de Castro Filho

Embora a frequência da artrose primária do tornozelo não seja muito preocupante em nosso meio, suas formas pós-traumáticas e inflamatórias apresentam incidências crescentes aqui e em todo o mundo. A artrodese do tornozelo (“travamento cirúrgico da articulação”), considerada como o padrão-ouro no tratamento da artrose de qualquer etiologia, vem sendo questionada, especialmente quando nos deparamos, cada vez mais frequentemente, com acometimentos bilaterais e em indivíduos jovens. Após a artrodese, trabalhamos sempre com um espectro de sobrecarga das articulações vizinhas e das sequelas que delas decorrem, com consequente deterioração da qualidade funcional do paciente.

Apesar das elevadas taxas de insucesso vividas com as primeiras gerações de próteses totais do tornozelo, vários grupos seguiram pesquisando e hoje dispomos de diferentes implantes, cujos refinamentos se aproximam das exigências anatômicas e funcionais dessa articulação. A análise da literatura aponta como principal avanço o conceito de “apoio móvel”, em que os componentes protéticos se relacionam com vários graus de liberdade, sem que haja constrição da articulação. As próteses de terceira geração (atuais), são dotadas de três elementos, componente tibial, componente talar e componente intermediário e são as muito bem sucedidas até o momento. Dispomos atualmente de diversos trabalhos com expressivos números de casos bem sucedidos após cirurgia de prótese de tornozelo no Brasil e no mundo. Os casos de artrose, devem ser analisados individualmente por um ortopedista especialista antes de qualquer decisão sobre a cirurgia de prótese de tornozelo ou artrodese.

1- Exemplo de artrose pós traumática do tornozelo
2- Pós cirurgia de artroplastia/prótese do tornozelo
3- Pós cirurgia de artrodese do tornozelo

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