A terapia por ondas de choque é um processo que não é invasivo e nem cirúrgico: ela tem por objetivo aliviar e eliminar a dores de pacientes com casos de inflamação em tendões e tecidos moles, tais como a bursite e a tendinite. Saiba mais.
O que é
A terapia por ondas de choque, também conhecida como TOC, é um tratamento não cirúrgico e não invasivo que tem por objetivo melhorar a cicatrização de tendões e tecidos moles afetados após casos como os de bursite e tendinite.
O tratamento por ondas de choque reduz a dor do paciente e, diferente do que se imagina, os pequenos choques não são uma estimulação elétrica, mas sim ondas de choque não visíveis, que produzem impacto e som.
Tratamento
Este tipo de tratamento serve para pacientes que não precisam de cirurgia, mas que têm quadros crônicos de dor em áreas como os ombros, os calcanhares e os joelhos, provocando a regeneração dos tecidos moles afetados.
Os tecidos moles são os responsáveis por protegerem as estruturas vitais do corpo humano, tais como músculos, tendões, gordura, vasos sanguíneos e nervos. Por isso a recuperação dessas áreas afetadas é tão importante para o paciente e evita futuras complicações.
O tratamento por ondas de choque atua por meio de três ações específicas: ação mecânica, ação analgésica e ação vascular. A aplicação da terapia por ondas de choque gera a cavitação: microbolhas que causam pequenas rupturas no tecido inflamado. Com isso, há estímulo da circulação no local afetado.
Ao ser estimulado no local lesionado, o corpo é capaz de liberar enzimas com propriedades anti-inflamatórias: estas contribuem com o processo de recuperação do paciente e, além disso, há a formação de novos vasos sanguíneos, responsáveis por reparar os tecidos moles que foram comprometidos.
Indicações para tratamento por ondas de choque
O tratamento por ondas de choque é indicado para a recuperação de doenças que causam dor aguda, tais como:
Dores na coluna (ex: lombalgia);
A lombalgia é a típica dor na região lombar que causa quadros crônicos, ou agudos. Os fatores que desencadeiam este tipo de dor na coluna vão desde sobrecarga carregada pelo paciente, até má postura.
Dores no quadril (ex: bursite);
A bursite é a inflamação da bursa (também conhecida como bolsa sinovial), que fica entre o músculo e o tendão. A função da bursa é evitar um grande impacto entre tendões e ossos. Quando há um quadro de bursite, o paciente sente dor nas articulações e dificuldades para movimentar o local inflamado.
Dores no joelho (ex: artrose);
A artrose no joelho é um desgaste das cartilagens que protegem as extremidades dos ossos, sendo que o joelho é uma das áreas mais afetadas por um processo de artrose, devido ao seu papel de sustentar o peso do corpo. A artrose no joelho gera dor e pode até causar deformidades caso não seja tratado corretamente.
Dores no pé (ex: fascite plantar);
A fascite plantar é uma inflamação de um tecido presente no pé, chamado de ‘fáscia plantar’. O processo inflamatório ocorre na faixa que liga o osso do calcanhar aos dedos, causando forte dor na área próxima ao calcanhar. O paciente também pode sentir sensibilidade ao toque ou rigidez no local.
Dores no ombro (ex: tendinite);
A tendinite no ombro é uma inflamação nos tendões que também tem como sintoma dor intensa. Os casos de tendinite no ombro costumam surgir após excesso de força, seja em situações que envolvam atividades físicas, ou excesso de peso para a região.
Dores no cotovelo (ex: epicondilite lateral, conhecida como cotovelo do tenista);
A epicondilite lateral, popularmente conhecida como cotovelo de tenista ocorre quando o osso proeminente localizado próximo ao úmero se torna dolorido e sensível. A dor é justamente chamada de ‘cotovelo de tenista’ por conta do excesso do uso dos músculos e tendões locais, como um tenista usa, já que movimenta o braço excessivamente no esporte que pratica.
Dor Miofascial;
A dor miofascial é muscular e percebida quando a área afetada, que possui nódulo, é pressionada. Chamados de ‘pontos de gatilho’, esses nódulos são formados por movimentos e posturas incorretas do corpo.
Contraindicações para tratamento por ondas de choque
Como em todo tipo de tratamento, é importante consultar o especialista e informar seu histórico para ele, assim será possível analisar se há algum tipo de impedimento para iniciar o processo.
A terapia por ondas de choque, no caso, não é indicada para pacientes gestantes; hemofílicos ou pessoas que tenham outros distúrbios de coagulação; pacientes com inflamação aguda; pessoas com diabetes; pessoas que possuam próteses e implantes e pessoas com arritmia cardíaca ou que usam marca-passo.
Mais Informações
As lesões tratadas como terapia de ondas de choque, em certos casos, tendem a reaparecer. Porém, se o paciente seguir as orientações dos especialistas, é possível que leve uma vida normal e sem dores.
Evitar movimentos repetitivos no local lesionado, bem como reduzir o esforço em atividades físicas que geraram o trauma, são medidas preventivas para que o paciente não precise de um novo tratamento. A melhor maneira de saber qual é orientação específica para um caso é consultar um especialista