Osteoporose: uma doença silenciosa

A osteoporose é dependente em 70% de fatores genéticos e 30% de fatores ambientais, relacionados principalmente ao estilo de vida do indivíduo. (dieta, atividade física, fumo e álcool). Assim, uma dieta rica em cálcio (derivados de leite, vegetais) e adequada exposição solar durante a vida para síntese da vitamina D, que é importante para a saúde óssea (tomando, claro, os cuidados para evitar superexposição solar e prejudicar a pele) são medidas importantes. Além disso, a prática regular de atividade física é fundamental. Não podemos esquecer também da importância de tratar adequadamente as doenças que o indivíduo possa ter e que são causas de osteoporose secundária. Alguns fatores de risco são bem definidos e devem ser pesquisados em todo indivíduo sendo avaliado para osteoporose:

  • Fatores de risco para fraturas relacionadas à osteoporose:
  • Idade ≥ 65 anos
  • Baixo peso
  • Tabagismo
  • atual História familiar de fratura
  • História de fratura prévia na idade adulta
  • Diabetes mellitus
  • Artrite Reumatóide
  • Raça branca e oriental
  • Sexo feminino
  • Menopausa
  • Ingestão alcoólica (3 ou mais unidades de álcool/dia)
  • Uso crônico de glicocorticosteróides, tipo prednisona ou cortisona ( > 3 meses)

Outras condições: asma, câncer (mama, próstata), cirurgia bariátrica, insuficiência renal, doença celíaca (alergia ao glúten), hipertiroidismo, uso crônico de medicamentos para epilepsia, omeprazol etc.

Como a doença é silenciosa, ou seja, não causa sintomas até o ocorrer uma fratura, o diagnóstico deve se basear na presença dos fatores clínicos de risco associado com a medida da densidade mineral óssea. Para o diagnóstico precoce da doença, antes da fratura ocorrer, utilizamos o exame de densitometria óssea. É realizada na coluna lombar e no quadril.

Osteopenia e osteoporose são classificações da redução da massa óssea de acordo com o grau de perda óssea. Quando a perda é de até 25% de massa óssea em relação ao adulto jovem, consideramos osteopenia. Acima de 25%, é osteoporose. Um indivíduo com osteopenia também pode ter fratura, e nesse caso, ele é considerado como tendo osteoporose.

O tratamento desta doença é feita com medicamentos que reduzem a perda óssea ou que aumentam a formação óssea, além da adequação da ingestão de alimentos ricos em cálcio e suplementação oral de vitamina D. A atividade física também é importante, especialmente os exercícios com impacto (como caminhadas, corrida e musculação), que são os melhores no sentido de manutenção da massa óssea. Indivíduos muito idosos, com osteoporose grave, especialmente aqueles com fratura prévia, devem evitar exercícios com alto impacto como corrida pelo alto risco de fratura, principalmente de vértebras. Em geral, para a saúde óssea, exercícios praticados em água e bicicleta não são os mais adequados para a massa óssea porque não têm impacto.

A osteoporose tem uma prevalência menor nos homens, mas pode afetá-los. No caso da osteoporose masculina, em 30 a 60% dos casos existe uma causa secundária, como outras doenças e medicações. Os mais comuns são o alcoolismo, uso de glicocorticóides e anticonvulsivantes, hipercalciúria (quando o indivíduo perde muito cálcio na urina), hipogonadismo (falta de testosterona), câncer e doença pulmonar relacionada ao cigarro (como enfisema e bronquite). O diagnóstico também é feito pela densitometria e a presença de fraturas. A prevenção é feita da mesma forma que na mulher, e o tratamento também é feito com atividade física, dieta e medicamentos, e reposição hormonal nos casos indicados.

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