Autora: Dra. Caroline Morini Calil
O mau hálito (halitose) raramente está associado a problemas no estomago. Quando presente em atletas merece uma atenção especial, pois pode ter causas que prejudicam o desempenho físico.
O primeiro passo é verificar as causas de mau hálito no atleta através de uma consulta com profissional especializado, que inclusive possa realizar exames (halimetria/ oralchroma) que detectem os gases do mau hálito.
As causas mais freqüentes de mau hálito em atletas são as bucais e as metabólica.
Causas Bucais
Temos, por exemplo, obturações que quebraram, dente quebrado onde o canal já necrosou, que são os chamados pelos profissionais do esporte de focos dentários. O foco dentário além de causar mau hálito pode provocar um aumento de bactérias no sangue e isso prejudica por exemplo a recuperação de uma lesão muscular. Vários casos de jogadores com lesão muscular de repetição melhoram após tratamento de foco dentário identificados no inicio por mau hálito.
Outro sinal que a pessoa pode ver em casa é o sangramento gengival ou em casos mais avançados o dente parece ter uma certa mobilidade . Atenção, as doenças gengivais não causam dor e por isso qualquer sinal de sangramento deve ser avaliado por um profissional.
Um fator a ser considerado em atletas com mau hálito é a condição da língua. Língua esbraquiçada pode ser sinal de falta de saliva, com acumulo de bactérias produtoras de mau cheiro. Há limpadores e gel lingual antibacteriano específicos para uma correta limpeza e diminuição do mau hálito.
Causas Metabólicas
Praticar exercício em jejum pode parecer um modo de perder peso, mas é um engano grave, que pode se manifestar com mau hálito, como primeiro sintoma de uma falta de carboidrato (glicogênio muscular). Este processo se chama Cetose, que indica que o corpo está usando combustível errado para conseguir energia (ácidos graxos ao invés de glicose). Estes corpos cetônicos são voláteis e podem causar mau hálito transitório. Este problema pode ser resolvido com correto diagnóstico e orientação especializada.
A prevenção é a principal arma no combate a lesões musculares ou perda de rendimento e existe tratamento eficaz desde que as causas sejam identificadas corretamente por quem entende e trabalha com esse assunto.
Autora: Dra. Caroline Calil