Lesões do Ligamento Cruzado Anterior do joelho no Basquete

Autor: Dr Fabiano Cunha

Lesões do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) são comuns em atletas que praticam basquete, Futebol e qualquer atividade que tenha movimentos de mudanças bruscas de direção, saltos e aterrissagens. O LCA é um dos ligamentos que sustenta o joelho e é responsável por estabilizá-lo em movimentos de rotação e extensão, e sua lesão pode levar a instabilidade do joelho e prejuízos na performance do atleta. A Lesão do ligamento cruzado anterior causa uma frouxidão do joelho e além de impedir práticas esportivas, acelera o desgaste da articulação, diminuindo a vida útil do joelho, gerando uma artrose pós traumática, com dores e inchaços no joelho1.

Embora existam opções de tratamento não cirúrgicas para lesões do LCA, como fisioterapia e reabilitação, a maioria dos estudos demonstra que o tratamento cirúrgico é a melhor opção para atletas que desejam retornar às atividades esportivas de alta demanda, como o basquete.2 Estudos mostram que a reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) com enxerto autólogo, utilizando o tendão patelar ou o tendão do músculo flexor, tem uma alta taxa de sucesso e permite aos atletas retornarem às atividades esportivas em um curto período de tempo(6 meses para tendão patelar e 8 meses para tendões Flexores). A Escolha do enxerto para o novo ligamento já foi alvo de vários estudos3.

Além disso, a reabilitação pós-cirúrgica é fundamental para o sucesso do tratamento. A fisioterapia ajuda a fortalecer os músculos ao redor do joelho, a recuperar a amplitude de movimento e a desenvolver habilidades proprioceptivas, como equilíbrio e coordenação, essenciais para a prevenção de novas lesões.

No tratamento de lesões de cartilagem, a utilização de ácido hialurônico (AH) tem sido amplamente estudada como uma opção terapêutica. O AH é um componente natural do líquido sinovial e tem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, além de ajudar na lubrificação da articulação. Estudos demonstram que a injeção intra-articular de AH pode reduzir a dor e a inflamação em pacientes com lesões de cartilagem, melhorando a qualidade de vida e a função articular.

No entanto, os resultados são variáveis e ainda há controvérsias sobre a eficácia do tratamento. Algumas limitações incluem a necessidade de múltiplas injeções, o custo e a possibilidade de efeitos colaterais, como reações alérgicas e infecções. Portanto, é importante que os pacientes sejam avaliados individualmente para determinar a melhor opção de tratamento para cada caso específico.

Em resumo, as Ligamento Cruzado Anterior (LCA) são comuns no basquete e a reconstrução cirúrgica é geralmente a melhor opção de tratamento para atletas que desejam retornar às atividades esportivas de alta demanda. No tratamento de lesões de cartilagem, a utilização de ácido hialurônico pode ser uma opção terapêutica eficaz, mas é importante considerar as limitações e os efeitos colaterais potenciais. É fundamental que o tratamento seja individualizado para cada paciente, levando em conta suas necessidades e objetivos específicos.

Referências:

1.    Prodromos CC, Han Y, Rogowski J, Joyce B, Shi K. A meta-analysis of the incidence of anterior cruciate ligament tears as a function of gender, sport, and a knee injury-reduction regimen. Arthroscopy. 2007;23(12):1320-1325.e6. doi:10.1016/j.arthro.2007.07.003

2.    Shelbourne KD, Gray T. Results of anterior cruciate ligament reconstruction based on meniscus and articular cartilage status at the time of surgery. Five- to fifteen-year evaluations. Am J Sports Med. 2000;28(4):446-452. doi:10.1177/03635465000280040501

3.    Milos Lesevic , Michelle E Kew , Stephan G Bodkin , David R Diduch. . The Affect of Patient Sex and Graft Type on Postoperative Functional Outcomes After Primary ACL Reconstruction. Orthop J Sports Med. 2020 Jun 23;8(6):2325967120926052. doi: 10.1177/2325967120926052. eCollection 2020 Jun.

4.    Ardern CL, Webster KE, Taylor NF, Feller JA. Return to sport following anterior cruciate ligament reconstruction surgery: a systematic review and meta-analysis of the state of play. Br J Sports Med. 2011;45(7):596-606. doi:10.1136/bjsm.2010.07636

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